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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

EXPEDIÇÃO CHILE - DIÁRIO DE BORDO 18

EXPEDIÇÃO CHILE – Diário de Bordo 18
(16-19 de janeiro de 2018 – Retorno ao Brasil: Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Floripa)

Como dissemos no Diário anterior, na terça-feira 16 de janeiro entramos novamente no Brasil, tendo passado rapidamente pelo Free Shop de Puerto Iguazú (Argentina). Dali atravessamos a Aduana brasileira (e entendemos porque é tão fácil traficar drogas e armas para o país... simplesmente não há controle de entrada) e rumamos para o hotel reservado, o Mabu Interludium, onde ficamos até o amanhecer do dia 19. Como em alguns de nossos outros diários, nosso relato será temático.

ESTRADAS
(condições, polícia, pedágios e radares)

CHUVA E DURAÇÃO DA VIAGEM – nosso último dia de viagem incluiu exatamente 940,8 quilômetros, percorridos em 15 horas e 40 minutos (no total a viagem incluiu 8.185,5 quilômetros rodados e durou 25 dias e 16 horas). No conjunto correu tudo muito bem (com exceção da multa recebida da PRF... merecida... kkkk...). De Guarapuava até Balneário Camboriú rodamos com muita chuva... mas o Novo Vitara se comportou com perfeição... chegamos em casa inteiros e com muitas histórias para contar.

FOZ DO IGUAÇU – PONTA GROSSA – SÃO JOSÉ DOS PINHAIS – a estrada estava (janeiro de 2018) em boas condições, mas apresentando algumas características que a tornam um pouco lenta: (a) possui, em grande parte de sua extensão, pista simples; (b) há alguns trechos com muitas curvas (em subidas e descidas da serra); (c) é o trajeto utilizado por muitos turistas que se deslocam para o litoral nesse período do ano (paraguaios, argentinos e brasileiros);e (d) existe trânsito intenso de caminhões (pelos motivos indicados anteriormente, nem sempre é fácil ultrapassá-los). Havia dois pontos com obras que devem ainda se prolongar por algum tempo: a construção de viadutos nos acessos à Cascavel e Guarapuava. Além desses pontos, também encontramos dois outros em obra, com pista única; nesses casos foi necessário parar e aguardar a liberação; mas eram obras pontuais de manutenção. Quanto aos pedágios, nesse trecho são 9, a um custo total que ultrapassa os R$ 100,00... um pouco caros para uma estrada não duplicada. Há radares no trajeto, regra geral antecedidos de placas indicativas; se não quiser ser pego é recomendável tomar cuidado e obedecer à sinalização; normalmente estão em trechos de redução de velocidade para 60 km/h ou 80 km/h. Também há diversos postos da PRF. Nós, e um grande número de outros motoristas e pilotos, fomos pegos em uma ultrapassagem em local proibido (faixa dupla amarela); multa e pontos na carteira. Não costumamos ultrapassar nessas situações; mas como os carros a nossa frente estavam realizando a ultrapassagem (de um caminhão lento na pista, em um local que permitia uma boa visibilidade), acabamos fazendo a coisa errada. O trajeto é bem servido de postos de combustível; também há diversas opções para lanches e um número menor para almoço. Almoçamos uma comida caseira muito gostosa no Restaurante Cata Galo, entre Cascavel e Guarapuava, próxima a Laranjeiras do Sul. 

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS – FLORIANÓPOLIS – a BR 101 nesse trecho encontrava-se nessa data em muito bom estado. Foram 4 pedágios, com valores muito inferiores aos do trecho anterior... considerando que é uma pista duplicada (a outra é simples em quase toda a sua extensão), parece haver uma desproporção nos valores cobrados. Entre essas rodovias há também uma contradição: na pista simples a velocidade regular permitida é de 110 km/h; na rodovia duplicada a velocidade regular permitida é de 100 km/h... difícil de entender! Como em todas as estradas brasileiras, é necessário nesse trecho ter atenção à sinalização e aos radares (60 km/h, em especial da decida da serra; 80 km/h e 100 km/h). Há um número razoável de postos da PRF, mas não encontramos nenhuma blitz. A melhor opção para parada nesse trecho é o Posto Sinuelo, onde há boas opções de alimentação.

FOZ DO IGUAÇU
(cidade, hotel e principais atrativos)

Ficamos em Foz do Iguaçu durante 3 noites e 2 dias. Com esse calendário reduzido tivemos de limitar nossos passeios ao que cabia dentro do tempo disponível: Cataratas Brasileiras, Ciudad del Este (Tour de Compras), Itaipu Binacional e Templo Budista. Também acabamos dando uma passada no trajeto de saída da cidade, mas apenas para fotos, na Mesquita Muçulmana e no Marco das Três Fronteiras. A sugestão que deixamos é que se você for a Foz do Iguaçu para fazer turismo o ideal é reservar pelo menos 4 dias... não tivemos tempo de visitar as Cataratas Argentinas, que exigem um dia inteiro; também não fizemos nenhuma incursão noturno na Argentina (cassinos, restaurantes, shows de tango)... e além disso gostaríamos de ter dedicado mais tempo em pelo menos dois locais que visitamos, as Cataratas Brasileiras e o Templo Budista.



HOTEL – ficamos hospedados no Mabu Interludium. As suas instalações são excelentes: (a) na parte de uso privativo, o quarto é ótimo, a cama é grande, o banheiro excelente (dividido em dois ambientes, um com vaso e chuveiro e outro com um grande balcão com pia e torneira), tem frigobar, ar condicionado e TV a cabo; e (b) na parte comum, possui piscina, spa (com massagens e outros opções, com pagamento em separado) e um bom restaurante (um pouco limitado em termos de opções de bebidas e com um preço talvez um pouco elevado para os itens de alimentação, mas nada que comprometa). O único ponto negativo seria o fato de estar afastado do centro, impondo sempre deslocamentos de veículo próprio ou de táxi. Se o objetivo da viagem for descansar, é uma excelente opção. Possui um bom custo-benefício.

CATARATAS DO IGUAÇU (LADO BRASILEIRO) – essas cataratas são consideradas uma das 7 maravilhas da natureza. O local é efetivamente deslumbrante; não há muito o que dizer; é necessário visitar e ver e sentir ao vivo. É um dos pontos turísticos do Brasil que deveria estar na lista de todos; ninguém deveria ser privado desse visual e da energia que o local possui. O ingresso no parque depende da compra de entrada e só pode ser realizado nos ônibus especiais que fazem o trajeto periodicamente. Fomos de carro até a entrada e deixamos o carro no estacionamento oficial, que é mais caro, mas é monitorado e seguro. Descemos no ônibus no ponto de início da trilha e caminhamos por ela (aproximadamente 1 km) entre árvores e quatis (que andam soltos por todo o caminho) sempre com as imagens deslumbrantes das cataratas ao nosso lado direito. Quase no final há um mirante que adentra o rio e nos coloca diretamente em contato com a força das águas... apenas eu entrei no mirante e como estava sem capa de chuva voltei totalmente molhado (chegando ao carro tive de me secar e trocar a camiseta... mas valeu muito... é um local de muita energia). O parque oferece uma série de outros passeios, a pé e pelo rio; como a tarde iríamos a Ciudad del Este, nossa opção foi pelo tour básico, que dura em torno de 3 horas. Em frente ao Parque das Cataratas fica o Parque das Aves, que não visitamos. Quem tiver tempo disponível a indicação é realizar ambas as visitas no mesmo dia, utilizando manhã e tarde. Os parques possuem locais onde é possível almoçar.



ITAIPU BINACIONAL – existem diferentes opções para quem desejar visitar a Usina de Itaipu; vimos pelo menos 3: (a) uma apenas externa, (b) uma especial, que inclui tour interno e externo; e (c) uma que privilegia a parte mais ambiental. Fizemos o especial, que dura em torno de duas horas, sendo uma em circuito interno pelas instalações da hidrelétrica e outra de ônibus, pela parte externa, com paradas para fotos. Todos os passeios são precedidos de um vídeo sobre a Usina. Itaipu foi eleita uma das 7 maravilhas da Idade Moderna e é outro passeio que não deve deixar de ser feito por quem visitar Foz do Iguaçu. As visitas à Itaipu dependem do pagamento de ingresso; e no caso da visita especial é necessário realizar reserva antecipada porque há horários específicos e limites quantitativos de visitantes. Possui restaurante aberto ao publico.


TEMPLO BUDISTA – nossa visita ao Templo Budista foi muito curta; apenas uma volta a pé pelos seus pátios, observando os grandes Budas e outras imagens, e um ingresso rápido do templo em si. Além do pouco tempo disponível estava se armando um temporal e não queríamos ser surpreendidos por ele (acabamos sendo alcançados por ele pouco depois de sairmos do templo). É muito bonito; menor do que já visitamos no Rio Grande do Sul, mas igualmente impactante. Merece uma visita com mais tempo, para passear calmamente entre as esculturas, apreciando a beleza e a energia de cada elemento e espaço disponibilizados ao público. Não há cobrança de ingresso.

TOUR DE COMPRAS EM CIUDAD DEL ESTE – optamos por atravessar a fronteira de Van, utilizando o serviço da agência que atende o hotel. É possível ir de carro próprio (a exigência é possuir o seguro Carta Verde), mas o trânsito no Paraguay é caótico. Se você for de carro a sugestão é deixa-lo nos estacionamentos de um dos dois principais shoppings, o “del Este” e o “Paris”. Ambos possuem estacionamentos amplos e gratuitos para seus clientes; e ficam em quadras vizinhas, sendo possível ir de um ao outro a pé. Como tínhamos apenas 5 horas disponíveis saímos do hotel com 3 destinos bem definidos: os dois shoppings já referidos e a “Monalisa”, que fica distante dos 2 aproximadamente 500 metros (se vai a pé sem nenhum problema... apenas cuidando para atravessar as duas e desviando do mar de gente que anda pelas calçadas); esses locais foram recomendados por uma amiga que mora em Foz do Iguaçu e também pelo pessoal da agência de turismo. Comprar no Paraguay já não tem tantas vantagens como no passado; na maioria das lojas e para a maioria dos produtos os preços são muito semelhantes aos praticados do Brasil, com a vantagem de que em nosso país temos garantia para os produtos, certeza da procedência e um Código de Defesa do Consumidor a nos proteger. Mas indo de loja em loja e procurando foi possível comprar alguns Whiskies e Licores com bons preços; da mesma forma alguns produtos de beleza, perfumes e maquiagem. Além disso compramos alguns acessórios para a GoPro. Nossas compras ficaram dentro da cota, até porque o carro está cheio de malas... kkkk... para quase um mês na estrada, com variações bastante grandes de temperatura, levamos muitas malas... e também compramos alguma coisa de artesanato em Santiago, San Pedro, Purmamarca e Tilcara. Em resumo: não nos pareceu que compense sair de nossas cidades para ir a Ciudad del Este apenas para fazer compras (como já ocorreu no passado); mas se você for por outro motivo (turismo ou trabalho) até Foz do Iguaçu, reserve uma manhã ou uma tarde para algumas compras... garimpando se encontra bons preços... mas é necessário foco no que se busca e limitar a busca a locais confiáveis. Finalizando: há anos tenho buscado um chapéu panamá legítimo, de enrolar, e não consegui encontrar no Brasil, no Uruguai, no Chile e na Argentina... pois lá estava ele no corredor do primeiro shopping que entramos no Paraguay... fabricado no Equador, onde são feitos os melhores. É claro que comprei... e por um preço bastante razoável. Agora tenho um chapéu que posso facilmente carregar na motocicleta.

PONTA GROSSA
(Parque Estadual Vila Velha)


Nosso projeto incluía uma visita ao Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa no Paraná. O horário de visitação, conforme havíamos visto no site, seria das 8:00 às 15:30. Algumas situações ocorridas na viagem (erro de trajeto na saída de Foz do Iguaçu, parada em blitz da PRF e muita chuva) nos atrasaram e chegamos ao Parque um pouco depois das 16:00 horas, quando já estava fechado. Além disso chovia muito. Nos informaram que o passeio completo leva em torno de 3 horas, com guia, e que é realizado quase todo ele caminhando. A opção, mantido o passeio, seria dormir em Ponta Grossa (situação já prevista no projeto original) e realizar o tour no sábado pela manhã. Mas a previsão do tempo, indicando chuva, nos fez desistir e enfrentar a estrada até Florianópolis no mesmo dia. Deixamos esse passeio para um outro momento; a ideia é pegarmos um final de semana e irmos na sexta para Curitiba, realizarmos o passeio no sábado (o Parque fica a pouco mais de 100 quilômetros da capital paranaense), retornando para Curitiba no final do dia. Dessa forma poderemos realizar o passeio e também aproveitar duas noites em Curitiba. Será um passeio de motocicleta, em um final de semana ensolarado.

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