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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

RODANDO PELO OESTE AMERICANO (8)


RODANDO PELO OESTE AMERICANO – 20/9/2018
Pós-diário de Bordo 8 – Page-Las Vegas

(Marble Canyon, Navajo Bridge e Zion Park)

Acordamos cedo; esse era o último dia para rodar de motocicleta nos EUA, pelo menos nesta viagem. Como de praxe descemos e tomamos nosso café. Depois retornamos ao quarto para nos aprontarmos para o dia de estrada; e também para fechar as malas; no dia anterior elas haviam ficado no hotel, mas hoje teriam de também retomar a viagem.
Com tudo organizado, descemos com a bagagem que foi então entregue ao pessoal da HT para ser armazenada no caminhão. Depois ficamos caminhando um pouco pelo estacionamento e conversando com outros membros do grupo. Quando o carro de apoio foi posicionado, pegamos a motocicleta e alinhamos para ficarmos com tudo pronto na hora que fosse dada a “largada”.
Saímos do hotel em Page entre 8:30 e 9:00 horas e pegamos a estrada em direção à Horseshoe Bend. Além dessa parada também estavam no roteiro a Navajo Bridge, no Marble Canyon, e o Zion Park. Nos aguardavam aproximadamente 520 quilômetros até a chegada em Las Vegas (https://goo.gl/maps/1kW7m5hxinD2).
Nossa primeira parada foi a Horseshoe Bend (http://www.arizonahikersguide.com/ultimatearizonahikersguide/ultimate-guide-horseshoe-bend), a apenas 8 quilômetros de Page. Se esse trecho de estrada era curto e tranquilo, o que nos esperava, na sequência, para chegarmos à Ferradura do Rio Colorado, era uma caminhada de 2,4 quilômetros (ida e volta) sob um sol bastante quente, com direito a subidas e descidas.
Esse trecho que precisa ser feito a pé é que permite chegar até a borda do penhasco. O trecho possui um solo formado por arenito, cascalho e areia. Há trechos muito arenosos e escorregadios, com elevações de até 60 metros. Essa situação, acrescida do forte calor, torna a caminhada cansativa, em especial para quem tem uma vida mais sedentária e não realizada atividades físicas regulares. Ainda bem que levamos junto uma garrafa de água; é fundamental, nessas situações, manter-se hidratado.


Independentemente do desgaste causado pela caminhada, vale a pena. O local é belíssimo, uma vista deslumbrante e única do Rio Colorado. Ali ficamos admirando a beleza que a natureza nos presenteou... e tirando muitas e muitas fotos para poder relembrar essa maravilha natural encravada no meio do deserto. Depois foi hora de retornar para as motocicletas; o retorno é sempre mais cansativo. Antes de pegar a moto, a grande maioria aproveitou para usar os banheiros públicos existentes no local.
A próxima parada foi a Navajo Bridge (https://www.nps.gov/glca/learn/historyculture/navajobridge.htm) que fica no Marble Canyon. Da Ferradura do Rio Colorado até a Ponte Navajo rodamos aproximadamente 56 quilômetros. A Ponte Navajo na realidade é um conjunto de duas pontes, a antiga, aberta ao tráfego em 12 de janeiro de 1929, e a nova, inaugurada em 2 de maio de 1995. Antes da existência da primeira dessas pontes as possibilidades de travessia eram por balsa ou fazendo o contorno no Canyon (1287 km). Atualmente a ponte antiga é utilizada para a travessia de pedestres e como ponto turístico de observação do Rio Colorado. O tráfego motorizado é realizado apenas pela nova ponte.


O local é muito bonito e estava repleto de turistas. Mais uma vez foram fotos e mais fotos (individuais, casais, famílias, grupos). E para completar o Fernando e o Guilherme fizeram fotos e filmagens passando pela ponte nova enquanto nós fazíamos pose na ponte antiga. A essas imagens ainda não tivemos acesso; deveremos conhece-las em janeiro de 2019, quando receberemos a cobertura oficial da viagem a ser entregue pela HT em evento específico em Curitiba.
Ao lado da Ponte Navajo fica o Navajo Bridge Interpretive Center, onde são vendidos souvenires alusivos ao local. Como não poderia deixar de ser, depois da sessão fotográfica a ele nos dirigimos para dar uma olhada e comprar imãs de geladeira e camisetas. Feito isso, nos dirigimos às motocicletas para retomar a viagem.
O trecho seguinte, até o Zion Park (https://www.nps.gov/zion/index.htm), foi de aproximadamente 190 quilômetros, com direito à parada para um rápido lanche e abastecimento das motocicletas. Nesse parque curtimos belas paisagens rodando pelo meio das montanhas, com direito a algumas curvas. Também houve uma nova parada para fotografias.



Do Zion Park até a entrega das motocicletas em Las Vegas rodamos um pouco mais de 260 quilômetros. Nessa parte do trecho já estávamos bastante cansados e algumas situações ocorridas na estrada geraram um certa apreensão. Na primeira nós fechamos a motocicleta do Reck no momento em que ultrapassávamos um caminhão; ficamos sabendo apenas na parada seguinte. O mais provável é que ele estivesse no ponto cego no momento; sou bastante cuidadoso e sempre olho o retrovisor. Também é provável que estivéssemos com as motocicletas muito próximas uma da outra. Pouco depois, ao ultrapassar outro caminhão, o mesmo fechou em nossa direção. Acredito que ele percebeu porque em seguida segurou o movimento nos dando tempo de concluir a ultrapassagem sem choque; ficou apenas o grande susto.

Chegamos em Las Vegas já no final tarde, quase anoitecendo, rumando direto para a Red Rock Harley-Davidson (https://www.redrockharley.com/) onde as motocicletas foram guardadas diretamente no depósito ao lado da oficina para que fossem recolhidas pela locadora no dia seguinte. Antes de sairmos cada piloto conferiu sua motocicleta e retirou todos os adesivos que tinham sido colocados. O abastecimento ficou para ser feito pela HT no dia seguinte, antes das HDs serem embarcadas no caminhão para retornarem ao seu local de origem. Do lado de fora dois micro-ônibus aguardavam para nos levar ao hotel.
Entramos no primeiro ônibus e nos dirigimos para o hotel (o mesmo que havíamos ficado na chegada à Las Vegas, antes dos 5 dias rodados de motocicleta); curiosamente o segundo ônibus, que saiu após o nosso, chegou antes. No estacionamento do hotel encontramos a tradicional caixa térmica cheia de cerveja gelada e também o Jack Daniels. Aproveitamos para beber enquanto as malas eram retiradas do caminhão. Com as malas disponíveis pegamos nossos cartões do quarto e fomos tomar banho e trocar de roupa. A noite teríamos um jantar em grupo.
A comemoração da viagem foi no Hard Rock Café Las Vegas (https://www.hardrock.com/cafes/las-vegas/). Todos estavam lá e foi muito divertido. A comida estava ótima (filé malpassado acompanhado de purê, brócolis e chope gelado) e a companhia e conversa ainda mais. Foi a nossa despedida do grupo; no dia seguinte tínhamos uma programação individual; e também não retornaríamos com a HT; ficaríamos mais 12 dias rodando pela Califórnia, agora de carro (e que serão relatados nos próximos pós-diários).

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