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domingo, 22 de setembro de 2019

RODANDO PELO OESTE AMERICANO (9)


RODANDO PELO OESTE AMERICANO – 22/9/2018
Pós-diário de Bordo 9 – Las Vegas - Ridgecrest
(Death Valley Road)
Iniciamos a segunda etapa da viagem pelo Oeste Americano agora nós dois e o carro; até então, havíamos rodado de motocicleta e em grupo. O roteiro já estava definido desde a saída do Brasil, inclusive todas as reservas de hotéis realizadas. Nosso trajeto foi sair de Las Vegas em direção a San Francisco, fazendo o trajeto por dentro dos parques nacionais; e, depois, de San Francisco a Los Angeles, margeando o Oceano Pacífico pelo Highway 1.
Este primeiro pós-diário tem por objeto o trajeto de aproximadamente 450 quilômetros de Las Vegas a Ridgecrest, rodado por um caminho um pouco mais longo, via Shoshone, e passando pelo Death Valley National Park (https://goo.gl/maps/enCXiqoc2vD2).
Pela manhã saímos do hotel no hotel em Las Vegas, em torno das 6 horas, pegamos uma carona com o Zuco que ia com carro da HT levar o Jean e Márcia ao aeroporto. Aí pegaríamos o carro na locadora. O trajeto foi tranquilo, curtimos nossos últimos minutos em Las Vegas, chegamos ao aeroporto e despedimo-nos dos amigos que estavam retornando naquele dia para o Mato Grosso, em seguida, foi nossa vez de desembarcar já na entrada da locadora.
Em Las Vegas há uma central de locadoras junto ao aeroporto - estão todas no mesmo prédio. Cada uma tem o seu local de atendimento e um espaço específico no grande estacionamento. Dirigimo-nos ao balcão da Avis, já tínhamos o carro escolhido e devidamente locado através da HT; acertamos tudo por WhatsApp no nosso último dia motocando. Conferimos os detalhes, recebemos as chaves e o GPS incluído no pacote escolhido e também contratamos um pacote adicional com todos os seguros possíveis (kkkk... dirigir em um país desconhecido, no qual qualquer problema custa caro, levou-nos a essa rápida opção). A locação era de um Ford Fusion ou similar; recebemos um Chevrolet Malibu (http://g1.globo.com/carros/noticia/2016/01/chevrolet-malibu-primeiras-impressoes.html).
Com as chaves em mãos e a localização do carro (eles não te levam até o carro e nem te mostram como funciona), dirigimo-nos ao estacionamento. Localizamos facilmente o Malibu na cor grafite, abrimos o bagageiro e acomodamos toda a nossa bagagem (3 malas médias – de 23 kg –, uma mala pequena – de bordo – uma mochila e uma bolsa feminina).
A escolha por um carro grande tinha sido exatamente em razão da capacidade do bagageiro. Não queríamos carregar nada na parte interna, pois bagagem exposta e é um chamariz para ladrões nas paradas em que o carro fica sozinho. No início, quando ainda planejávamos a viagem, havíamos pensando em um Mustang conversível ou em uma SUV; mas essa situação nos fez desistir.
Acomodada a bagagem, que ficou no limite do tamanho do bagageiro, retornamos ao espaço onde estavam as locadoras e aproveitamos para tomar nosso café da manhã tranquilamente numa Starbuck; pegamos a estrada em direção ao Death Valley.
Entrando no carro, foi hora de regular acento, volante e espelhos para ficarmos o mais confortável possível e podermos dirigir em segurança. O Malibu é uma nave: imenso, confortável e com muita tecnologia embarcada. Feitas as regulagens, instalamos o GPS e indicamos nosso primeiro destino, ligamos o carro e nos dirigimos à saída do estacionamento, numa cancela onde é feita a conferência do contrato. Feito isso, caímos na estrada. O carro foi locado com tanque cheio (e deve ser entregue da mesma forma).

Ao saírmos da locadora tivemos que atravessar Las Vegas até pegarmos a rodovia, a estrada estava ótima e tranquila. Nossa opção de rota nos tirou das autoestradas e nos colocou em uma rodovia de mão dupla com belas paisagens, permitindo-nos conhecer um pouco mais do interior americano. Rodamos por aproximadamente 150 quilômetros até chegarmos em Shoshone, nossa primeira parada em um café de beira de estrada, basicamente para ir ao banheiro e tirar algumas fotografias. A ideia para esse primeiro dia era rodar mais pelo Death Valley, sem nenhum outro compromisso.


Concluída a rápida sessão de fotos retornamos à estrada em direção ao Death Valley National Park (https://www.nps.gov/deva/index.htm). Este parque é famoso pelas altas temperaturas, que podem chegar próximas dos 60ºC, e por chover pouco. Foi chamado Vale da Morte por garimpeiros que buscaram atravessá-lo durante a Corrida do Ouro, no século XIX, depois que alguns pioneiros morreram em uma das primeiras expedições de comboios.
Começamos nossa visita pelo centro de visitantes do parque, que fica em Furnace Creek. É o coração funcional e comercial do parque. Ali compramos nossos ingressos, recebemos as instruções e visitamos as exposições existentes; estava muito quente, temperatura acima dos 40ºC, o que nos levou a não demorarmos no local. Feitas a fotos retornamos ao carro e ao ar condicionado.
Em seguida, cortamos o Death Valley em direção à Ridgecrest – a paisagem é belíssima e, ao mesmo tempo, assustadora. O clima seco e as altas temperaturas geram uma paisagem desértica parecida com aquela que vemos nos vídeos da Lua. No dia em que rodamos pelo parque, não havia muitos carros, então foi rodar e curtir a paisagem externa no conforto do ar condicionado interno.
A rota escolhida não oferecia maiores alternativas em termos de alimentação, tínhamos trazido conosco água, um mix de sementes e alguns outros tira-gostos. Com isso, a nossa decisão foi comer o que tínhamos no carro e deixar para almoçar na chegada em Ridgecrest (https://ridgecrest-ca.gov/).
Chegando ao nosso destino encontramos uma pacata e bela cidade, com muitos hotéis, lojas e mercados próximos da rodovia. Logo na chegada vimos um Denny’s (https://www.dennys.com/), o nosso fast food preferido durante a viagem. Estacionamos o carro, entramos, escolhemos uma mesa e nos sentamos. Fomos rapidamente atendidos e pedimos um grelhado acompanhado de arroz (que lembra o nosso 7 grãos), legumes e um pão grelhado. Tudo muito bom!
Na sequência, passamos em uma drugstore para comprar um medicamento – a Sandra estava um pouco resfriada. Ainda não acostumado com o controle remoto do Malibu, em vez de trancar o carro, acabei abrindo o porta-malas (onde estavam todas as nossas coisas) e entramos na farmácia sem perceber; só vimos quando retornamos ao carro já com os medicamentos comprados. Mas estava tudo lá, intocado. Poderia ter sido o final da nossa viagem se tivéssemos sido furtados naquele momento. A partir daí passamos a conferir se o carro estava fechado em todas as nossas paradas.
Com o carro abastecido decidimos passar no Walmart para comprar água e vinho/espumante; também queríamos procurar alguns itens da lista de compras que estávamos buscando e ainda não tínhamos encontrado. Nossa opção, depois da visita ao mercado e de um breve passeio de carro pelos arredores, foi irmos para o hotel para tomarmos um banho e descansarmos.
No hotel, o Clarion Inn Ridgecrest (https://www.choicehotels.com/california/ridgecrest/clarion-hotels/cad82?source=gyxt), fomos atendidos prontamente (tínhamos feito a reserva pelo Booking); fizemos o check in e fomos encaminhados para o nosso quarto – indicaram-nos também qual seria o melhor local para estacionarmos considerando a posição da nossa hospedagem. O quarto era de bom tamanho e contava com cafeteira e micro-ondas (itens bem mais comuns do que a geladeira nos locais onde nos hospedamos). Da mesma forma, como já havíamos encontrado anteriormente em Las Vegas, havia no hotel uma máquina de gelo na qual podíamos nos abastecer a vontade – isso resolveu a questão do resfriamento do espumante.
No início da noite saímos para lanchar, queríamos fazer uma refeição mais rápida, talvez um lanche. Como não encontramos nada que nos agradasse, acabamos comprando sanduíches prontos e espumante no mercado, fizemos nossa refeição no quarto e fomos dormir. O espumante, associado ao medicamento para gripe que a Sandra tomou, teve um efeito poderoso. Os sintomas que ela estava tendo passaram, mas o sono a derrubou completamente.
Com isso, Ridgecrest acabou sendo apenas um ponto de passagem na nossa viagem, sem que a tivéssemos explorado; apenas o pouco que rodamos de carro depois do almoço e no dia seguinte antes de pegarmos a estrada. Mas, ficou a imagem de uma cidade organizada e agradável.

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