RODANDO
PELO OESTE AMERICANO – 13-14/9/2018
Pós-diário
de Bordo 2 – Viajando para os EUA
Como
dissemos no pós-diário de bordo anterior optamos por voos com tempos de conexão
mais longos. Isso levou a que o nosso tempo em aeroportos e aviões fosse, em
tempo real, superior a 24 horas (no relógio esse tempo foi menor em razão da
diferença de fuso horário que era de 2 horas a menos na chegada nos EUA, em
Houston, e de 4 horas a menos no nosso destino final, Las Vegas).
Nosso
primeiro embarque, no aeroporto de Florianópolis, estava com decolagem marcada
para às 15:15, com chegada em Guarulhos às 16:30. Considerando a necessidade de
chegar ao aeroporto com a antecedência solicitada e ao fato de que tínhamos
bagagem para despachar a opção foi ir cedo (saímos de casa em torno de 12:30) e
almoçar no restaurante do aeroporto (que em Floripa é muito bom e tem um preço
justo). Dessa forma evitamos o horário mais complicado de trânsito na região
onde moramos (no entorno da UFSC) e tivemos tempo de sobre para as filas sempre
existentes no aeroporto.
Como a
estada fora do país seria de 21 dias, ir para o aeroporto com o nosso carro não
era uma opção válida (o custo do estacionamento seria muito alto, um gasto
desnecessário). Então decidimos usar o Uber; chamamos um Uber Select para termos
um carro maior, no qual coubesse toda a nossa bagagem. Quando chegou o carro e
abrimos o porta-malas havia o kit gás... uma situação atualmente bem comum em
carros da Uber e também em táxis... e o carro que era grande ficou pequeno. A
sugestão da motorista foi colocarmos duas malas no banco da frente, ao seu lado;
foi solução. Mas fica a dica: quando for viajar com muita bagagem é necessário
planejar o deslocamento para o aeroporto; a maioria dos carros da Uber e táxis
não comportam mais de 3 malas.
Chegando ao aeroporto fomos direto para o check in, que foi bastante rápido. Tínhamos pesado nossas malas em casa e as quantidades estavam dentro dos padrões permitidos para as passagens adquiridas. A nossa ideia, quando saímos de casa, era fazer o check in e embarcar as malas apenas até São Paulo; e lá retirarmos as malas na esteira e então realizarmos o check in no trecho internacional... mas não foi o que aconteceu. O check in já foi feito para o voo completo, até Las Vegas. Apenas, em razão do procedimento de imigração, teríamos de retirar as bagagens na esteira, em Houston, e reembarca-las para Las Vegas.
Nosso
voo decolou no horário e o posou também dentro do horário. Na prática isso
gerou um período razoavelmente longo de espera no aeroporto de Guarulhos.
Descemos e tivemos de atravessar todo o aeroporto (nessas situações ter conexões
com horários folgados é uma garantia de que você não perderá o embarque); a
Avianca (embarque/desembarque nacional) fica bem distante da United Airlines (embarque/desembarque
internacional).
Como tínhamos
tempo decidimos dar uma olhada nos preços do Free Shop: quase um assalto. O dólar
cotado a R$ 4,72 para compra na loja de câmbio; os preços na loja da Apple no
mesmo patamar ou até mais altos do que nas lojas fora do aeroporto; da mesma
forma os demais produtos; tudo muito caro. De qualquer forma não era intenção
comprar nada; apenas aproveitamos o tempo para conferir os preços e poder
comparar com os encontraríamos em território americano, bem como para saber se
valeria a pena deixar algo para comprar na volta (há quota específica para as
compras no Free Shop, não cumulativa com a cota para as compras em território
americano).
Depois
dessa conferência buscamos identificar o portão de embarque. Feito isso, o
passo seguinte foi encontrar um bom local para comer algo e tomar uns chopes...
e que tivesse tomada para carregar nossos celulares. Sabíamos que eles
precisavam ter bateria na hora da entrevista na imigração pois poderiam pedir
para que fossem ligados para conferência. Fizemos um lanche e tomamos chope (eu
tomei dois canecos de 500 ml... kkkk...). Quando o horário de embarque se
aproximou fomos para o portão que já havíamos identificado anteriormente.
No
local de embarque descobrimos que nossos cartões deveriam ser substituídos
pelos da United (essa é uma dica importante; se o check in inicial for feito
para todo o trajeto, as empresas americanas substituem os tickets recebidos da
empresa que fez o voo nacional pelos seus; então é indicado chegar um pouco
antes e ir ao balcão de embarque para providenciar a troca); mas foi rápido e
no próprio local. O embarque também foi tranquilo.
Havíamos
marcado nossos assentos nas filas laterais, onde há apenas duas poltronas. Essa
é outra recomendação importante quando se viaja em casal. Essas poltronas
laterais, além de mais privativas, facilitam as saídas eventuais para ir ao
banheiro ou simplesmente para dar uma esticada nas pernas. Dessa forma pudemos
nos acomodar sem maiores problemas; e a nossa bagagem coube toda acima dos
nossos assentos. Mas para conseguir acesso a elas o recomendável é realizar as
reservas antecipadamente, quando da compra das passagens (lembrando que nem
todas as companhias permitem que isso seja feito; e há outras que cobram para a
reserva antecipada dos assentos).
Nos voos
internacionais (como já ocorre em muitos voos nacionais) há internet disponível
(mediante pagamento) e um conjunto de filmes e programas que podem ser
assistidos (gratuitamente) na sua poltrona. Os filmes disponíveis eram bem
recentes e aproveitei para assistir um que ainda não tinha visto.
Nesses
voos de longa duração também é servido jantar com comida de verdade; havia duas
opções disponíveis, a escolha dos passageiros: carne com polenta ou frango com
arroz. A comida estava quente e era bem saborosa. Além de água e refrigerantes
também foram servidos vinhos e cervejas; como tínhamos tomada chope, optamos
pela cerveja para evitar problemas oriundos da mistura de diferentes bebidas (lembrando
que na altitude, e com menos oxigênio disponível, o álcool produz efeitos mais
fortes com menores quantidades de consumo; então é sempre aconselhável não
exagerar).
Depois
de jantar assistimos aos filmes escolhidos (de forma individual). Enquanto
assistia o filme tomei um medicamento leve para dormir; tenho insônia e
precisava descansar para estar inteiro no dia seguinte... havia a imigração, o
desembarque em Las Vegas, e tínhamos combinado de ir à loja da HD para ver as
luvas e botas de que precisávamos. Dormimos bem e acordamos quando as luzes do
avião acenderam e foi servido o café da manhã.
O avião
pousou; pegamos nossas bagagens de mão e descemos. Era a momento que mais nos
preocupava na viagem: tínhamos de ir até a imigração, passar pela entrevista e
revista, pegar nas esteiras as nossas malas que foram despachadas no Brasil e
despacha-las novamente. E a informação que tínhamos era que o aeroporto de
Houston, onde estávamos, era o mais lento nesse procedimento; o receio era uma
demora muito grande que pudesse nos fazer perder a conexão.
O
deslocamento até a imigração foi tranquilo, embora um pouco (não muito)
demorado. Chegando ao local fomos dirigidos para a fila de estrangeiros. O
primeiro passo foi a conferência dos nossos passaportes em equipamentos de leitura
ótica; são eles que liberam os portões para que se possa passar para a etapa
seguinte, a entrevista da imigração; nesse momento também somos fotografados.
Havia fila tanto para acessar os equipamentos de leitura ótica quanto para a
entrevista com os agentes da imigração. Mas como as filas não estavam muito
longas e havia um número grande de equipamentos, não foi demorado; algo entre
20 e 30 minutos até estarmos frente a frente com o nosso “inquisidor” ...
kkkk...
A
Sandra tinha se preparado para esse momento; ela fala razoavelmente o inglês e
fez um pequeno curso de conversação nos dois meses que antecederam a nossa viagem.
Eu consigo ler um pouco, mas não falo e nem entendo praticamente nada. Tínhamos
em mãos nossos passaportes, nossas reservas dos voos de retorno, seguros saúde,
dólares e cartões de crédito (eles podem pedir que você comprove que tem dinheiro
para se manter no país durante o período indicado) e também o endereço do hotel
em Las Vegas; além disso levamos junto, impressa, a programação do “Route 66
Express”.
Quis o
destino que o agente de imigração que nos atendeu fosse latino e falasse
espanhol... ficou bem mais fácil. Fez as perguntas de praxe: qual o motivo da
vinda aos EUA, para onde iríamos, etc... há uma pergunta que eles sempre fazem
e que é importante ter clareza sobre o seu sentido: se você está trazendo algo para outra pessoa. Essa pergunta não é
sobre se você está trazendo presentes para alguém (a Sandra entendeu dessa
forma), mas sim se você está trazendo bagagem de outra pessoa em seu nome; esse
é um expediente comumente utilizado pelo narcotráfico; então a resposta deve
ser não (e não apenas a resposta para
a pergunta; você não deve, em nenhuma hipótese, despachar como sua bagagens de
terceiros, estejam ou não no voo).
Respondidas
as perguntas, ele deu um largo sorriso quando dissemos que íamos fazer a Route
66 de Harley-Davidson... deu boas vindas, desejou uma ótima viagem e nos
liberou. Na sequência passamos, nós e as nossas bagagens, pelo detector de
metais. Tudo tranquilo: estávamos nos EUA. Agora era encontrar a esteira, pegar
nossas bagagens que vieram no compartimento de carga e despacha-las novamente.
Encontrar a esteira e depois
despachar as malas novamente foi o que nos tomou um pouco mais de tempo; nos
perdemos um pouco dentro do aeroporto e tivemos de pedir ajuda. Novamente o
fato de termos escolhido voos com maior tempo de conexão nos favoreceu e
permitiu que conseguíssemos realizar todos os procedimentos a tempo de estar no
portão para o embarque dentro do prazo exigido.
Embarcamos novamente e voamos para
Las Vegas... voo tranquilo. No aeroporto de Las Vegas demoramos um pouco para
encontrar a esteira onde estavam nossas bagagens... mas encontramos, e estavam
todas elas lá. Como o aeroporto tem wi-fi livre conseguimos contatar, pelo
WhatsApp, o pessoal da HT que já nos esperava no aeroporto.
Além de nós havia chegado um pouco
antes o grupo de Curitiba; mas eles tinham de fazer a imigração em Las Vegas
(vieram no voo direto), de forma que no final nossos horários de saída do
aeroporto praticamente coincidiram. A HT estava à espera com dois veículos, um
para os passageiros e outro para as bagagens.
Todos e tudo embargados, fomos para o
hotel... mas eram 10:00 horas da manhã e o horário do ckeck in era apenas às 15:00.
A solução foi deixar as malas no depósito do hotel e sair para as compras...
alguns optaram por almoçar e depois irem para a loja da HD; outros, entre os
quais nós, optaram por ir direto para a loja da HD e almoçar depois. Pegamos um
Uber com o Carlos e a Aline, de Curitiba, e seguimos para o nosso destino... a
partir daí começa de forma efetiva a nossa viagem, que será contada nos próximos
pós-diários de bordo.
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