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sábado, 10 de novembro de 2018

RODANDO PELO OESTE AMERICANO (4)


RODANDO PELO OESTE AMERICANO – 16/09/2018
Pós-diário de Bordo 4 – Las Vegas–Kingmann
(Historic Route 66 e Bagdad Cafe)

Dia 16 de setembro iniciou o nosso trajeto de motocicleta. A saída do hotel, para a estrada, estava marcada para às 8:00 da manhã. Acordamos e fomos tomar café na Star Bucks que fica no cassino do hotel. Na sequência entregamos nossas malas para serem colocadas no caminhão e fizemos o check out... e em seguida nos dirigimos para o estacionamento onde estavam as motos, prontos para enfrentarmos a estrada. Eu e Sandra em uma HD Ultra Limited 2017 preta, devidamente personalizada com nossos nomes e adesivos da HT e do Brasil. Também colocamos uma bandeirinha do MG Sol e Lua na antena do rádio.
Mas o tempo passava e não saíamos; algo tinha acontecido. Em seguida descobrimos o que era: a Samira, esposa do Leme, havia sumido. O pessoal do hotel e da HT e alguns dos membros do grupo estavam à procura, mas não a encontravam. O Leme havia descido e ela tinha ficado no quarto, onde iria espera-lo. Quando ele retornou, ela não estava mais lá; e também não estava na portaria do hotel e nem no estacionamento das motocicletas. Bateu um certo desespero em todo mundo. Próximo das 8:30 o enigma foi solucionado: ela havia saído do quarto, depois dele, e descido; quando retornou, logo em seguida, errou o andar e ficou aguardando na frente do apartamento... só que do apartamento errado... kkkk... até que se desse conta havia passado um bom tempo. Encontrada a Samira, era hora de pegar a estrada.
Antes de sairmos para rodar o grupo foi reunido para um briefing. Nele foram passadas orientações sobre a organização do bonde, recomendações sobre regras de trânsito nos EUA, rodízio das motocicletas para as fotos na estrada e paradas para abastecimento e alimentação. Na frente do bonde roda o carro de apoio, funcionando como Road Captain. Nele vai o fotógrafo (o carro roda com a tampa traseira levantada para que as fotos e filmagens possam ser efetuadas) e caixas com água mineral gelada e refrigerantes para as paradas. No final do bonde, funcionando como Cerra Fila, vai o caminhão com as malas. Entre ele as motos também havia uma Mustang preto; um dos membros do grupo, o Geraldo, estava rodando com ele, e não de motocicleta. No total 28 motocicletas, um Mustang, uma SUV grande (carro de apoio) e um caminhão (para as malas e uma HD reserva). O grupo da HT que nos acompanhou foi formado pelo Fernando Ponsoni (fazendo papel de RC), João Zucoloto (Cerra Fila) e Guilherme Maiorky (fotógrafo).
Com relação à roupa, usamos para rodar: jaquetas de verão da HD (aquelas furadinhas, que deixam o vento passar) com as devidas proteções colocadas nos ombros e cotovelos, camisetas (durante a viagem alternamos camisetas de manga longa com proteção solar e camisetas de manga curta, sempre de tecidos levíssimos e adequados para os dias de muito calor e transpiração) calças jeans, joelheiras, botas, luvas (de verão, próprias para motociclismo, com reforços e furinhos), proteções de pescoço (usamos as do kit da HT), óculos de sol e capacetes escamoteáveis com intercomunicadores. Como dissemos em um pós-diário anterior, levamos uma mala apenas com as roupas e assessórios necessários para rodar de motocicleta, além das bolsas com os capacetes. Equipamentos de segurança são um ponto fundamental quando se pilota veículos de duas rodas.
Já próximo das 9:00 iniciamos nossa jornada de aproximadamente 590 quilômetros, de Las Vegas a Kingman (https://goo.gl/maps/jfwzACQD2jJ2). Nossa primeira parada seria na famosa placa de Las Vegas, próxima ao aeroporto, para tirarmos fotografias de nossa passagem pela cidade. Foi uma parada longa, iniciada em torno das 9:30. Havia fila de turistas no local. Foi colocada uma das motocicletas em frente à placa para que pudéssemos tirar fotos identificando claramente que estávamos fazendo moto turismo. Foram fotos individuais, de casais, de famílias, de grupos e coletivas... muitas fotos. Concluída a sessão fotográfica, já próximo das 10:00, finalmente pegamos a estrada.


E então estávamos rodando nos EUA... rumo à Route 66. Uma das mais lendárias e famosas estradas dos EUA, a Route 66 foi construída nos anos 1920 e percorre 3.945 quilômetros. Começa em Chicago, no Estado de Illinois, e vai até Los Angeles, na Califórnia. No final dos anos 1950 ficou ultrapassada, perdendo espaço para as autoestradas interestaduais, mas mantida em parte com objetivos turísticos, passando a se chamar Historic Route 66 (https://www.historic66.com/). Rodamos, durante 5 dias, por 4 estados (Arizona, Califórnia, Nevada e Utah). Não rodamos sempre pela Route 66; dela fizemos apenas alguns trechos. Nosso primeiro destino era um trecho famoso, onde o Route 66 está pintado no chão, e no qual todos os turistas tiram foto... com direito a fotos e mais fotos para no futuro lembrarmos da realização de nosso sonho.
Durante a manhã rodamos em direção à Route 66, com paradas para abastecer, hidratar e fazer um lanche... nos cinco dias de estrada regra geral fizemos apenas lanches nos horários de almoço: sanduíches, hambúrgueres e cachorros quentes foram nossa “saudável” alimentação; em algumas paradas também picolés para refrescar, considerando o calor que faz nesse período do ano no deserto (regra geral entre 37 e 42 graus centígrados)... e muita água. Mas os nossos objetivos mais desejados desse primeiro dia de estrada foram alcançados apenas a tarde.
Chegado ao ponto da estrada onde tiraríamos as fotos, em torno das 15:00, estacionamos as motocicletas a beira da estrada, em um posto abandonado. E uma a uma as motocicletas foram sendo estacionadas atrás da pintura Route 66 existente no asfalto. E foram fotos e mais fotos: individuais, casais, famílias, grupos e todos junto. Também fotos com bandeiras de moto clubes e HOGs e uma foto especial, GreNal (eu e o Reck). Enquanto o Guilherme tirava nossas fotos o Ponsoni brincava de dar cavalinhos de pau com o Mustang.




Concluída a sessão de fotografias na estrada, veio a parada no Bagdad Cafe (http://viajandonarota66.blogspot.com/2016/01/bagdad-cafe-um-pouco-da-historia.html), em Newberry Springs, próximo das 16:00... um bar no meio do nada, decorado com bandeiras, adesivos e outros objetos deixados pelos visitantes, frequentado por viajantes de várias partes do mundo, em especial motociclistas. Em resumo: um local especial que adotou como nome o título de um filme dos anos 1980 que por lá foi rodado. Circulamos dentro do local, que no dia de nossa visita estava lotado de turistas, observando detalhes e tirando fotografias. Também aproveitamos para comprar lembranças da Route 66. Infelizmente não era um bom dia para ficar muito tempo dentro das instalações devido ao calor e ao congestionamento de gente. A Sandra tirou uma foto com a proprietária, que está lá desde os anos 1990.


Depois da parada no Bagdad Cafe retornamos à estrada. Tínhamos ainda muito chão pela frente; esse seria o dia com maior quilometragem a ser rodada. No final da tarde, em torno de 18:30, abastecemos as motocicletas para deixa-las prontas para a jornada do dia seguinte. Chegamos no hotel Springhill Suites by Marriott Kingman Route 66 (https://www.marriott.com/hotels/travel/igmsh-springhill-suites-kingman-route-66/?scid=bb1a189a-fec3-4d19-a255-54ba596febe2) já ao anoitecer. Na chegada ao estacionamento do hotel tivemos a recepção que se repetiria em todos os demais dias da viagem: caixas de cerveja gelada e Jack Daniels, tudo por conta da HT. O que não se repetiu nos dias seguintes foi o Jack Daniels Fire, que só foi oferecido nesse dia... kkkk... nos demais tivemos de nos contentar com o tradicional ou com o Honey.
Degustados o Whisky e as geladas pegamos os envelopes com nossas chaves dos apartamentos e entramos todos no hotel. Como chegamos mais tarde do que o previsto não daria tempo de jantarmos no restaurante conforme programado (nos EUA eles jantam cedo... e os restaurantes, em especial em cidades do interior, fecham igualmente cedo). Em contrapartida a HT nos ofereceu um rodízio de pizzas em um espaço na entrada do hotel. O Ponsoni saiu com a SUV e trouxe várias caixas de pizzas, dos mais variados sabores; e também havia cervejas, refrigerantes, água... e Jack Daniels. Considerando o cansaço do primeiro dia de estrada, foi uma excelente alternativa. Além disso, teve a vantagem de nos manter todos muito próximos, permitindo uma maior integração... afinal estávamos ali pessoas vindas de pelo menos seis diferentes estados. Comemos, conversamos muito, e depois fomos dormir porque no dia seguinte, às 8:00 horas, voltaríamos para a estrada. E assim encerrou nosso primeiro dia de estrada nos EUA com as Harley-Davidsons.
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