RODANDO
PELO OESTE AMERICANO – 16/09/2018
Pós-diário
de Bordo 4 – Las Vegas–Kingmann
(Historic Route 66 e Bagdad Cafe)
Dia 16
de setembro iniciou o nosso trajeto de motocicleta. A saída do hotel, para a
estrada, estava marcada para às 8:00 da manhã. Acordamos e fomos tomar café na Star
Bucks que fica no cassino do hotel. Na sequência entregamos nossas malas para serem colocadas no caminhão
e fizemos o check out... e em seguida nos dirigimos para o estacionamento onde
estavam as motos, prontos para enfrentarmos a estrada. Eu e Sandra em uma HD Ultra Limited
2017 preta, devidamente personalizada com nossos nomes e adesivos da HT e do Brasil.
Também colocamos uma bandeirinha do MG Sol e Lua na antena do rádio.
Mas o
tempo passava e não saíamos; algo tinha acontecido. Em seguida descobrimos o
que era: a Samira, esposa do Leme, havia sumido. O pessoal do hotel e da HT e
alguns dos membros do grupo estavam à procura, mas não a encontravam. O Leme
havia descido e ela tinha ficado no quarto, onde iria espera-lo. Quando ele
retornou, ela não estava mais lá; e também não estava na portaria do hotel e
nem no estacionamento das motocicletas. Bateu um certo desespero em todo mundo.
Próximo das 8:30 o enigma foi solucionado: ela havia saído do quarto, depois
dele, e descido; quando retornou, logo em seguida, errou o andar e ficou aguardando
na frente do apartamento... só que do apartamento errado... kkkk... até que se
desse conta havia passado um bom tempo. Encontrada a Samira, era hora de pegar
a estrada.
Antes
de sairmos para rodar o grupo foi reunido para um briefing. Nele foram passadas orientações sobre a
organização do bonde, recomendações sobre regras de trânsito nos EUA, rodízio
das motocicletas para as fotos na estrada e paradas para abastecimento e
alimentação. Na frente do bonde roda o carro de apoio, funcionando como Road
Captain. Nele vai o fotógrafo (o carro roda com a tampa traseira levantada para
que as fotos e filmagens possam ser efetuadas) e caixas com água mineral gelada
e refrigerantes para as paradas. No final do bonde, funcionando como Cerra
Fila, vai o caminhão com as malas. Entre ele as motos também havia uma Mustang
preto; um dos membros do grupo, o Geraldo, estava rodando com ele, e não de motocicleta. No
total 28 motocicletas, um Mustang, uma SUV grande (carro de apoio) e um caminhão
(para as malas e uma HD reserva). O grupo da HT que nos acompanhou foi formado
pelo Fernando Ponsoni (fazendo papel de RC), João Zucoloto (Cerra Fila) e
Guilherme Maiorky (fotógrafo).
Com relação à
roupa, usamos para rodar: jaquetas de verão da HD (aquelas furadinhas, que
deixam o vento passar) com as devidas proteções colocadas nos ombros e cotovelos,
camisetas (durante a viagem alternamos camisetas de manga longa com proteção
solar e camisetas de manga curta, sempre de tecidos levíssimos e adequados para
os dias de muito calor e transpiração) calças jeans, joelheiras, botas, luvas
(de verão, próprias para motociclismo, com reforços e furinhos), proteções de
pescoço (usamos as do kit da HT), óculos de sol e capacetes escamoteáveis com
intercomunicadores. Como dissemos em um pós-diário anterior, levamos uma mala
apenas com as roupas e assessórios necessários para rodar de motocicleta, além
das bolsas com os capacetes. Equipamentos de segurança são um ponto fundamental
quando se pilota veículos de duas rodas.
Já próximo
das 9:00 iniciamos nossa jornada de aproximadamente 590 quilômetros, de Las Vegas
a Kingman (https://goo.gl/maps/jfwzACQD2jJ2). Nossa primeira parada seria na famosa placa de Las Vegas, próxima ao
aeroporto, para tirarmos fotografias de nossa passagem pela cidade. Foi uma
parada longa, iniciada em torno das 9:30. Havia fila de turistas no local. Foi colocada uma das motocicletas
em frente à placa para que pudéssemos tirar fotos identificando claramente que
estávamos fazendo moto turismo. Foram fotos individuais, de casais, de famílias,
de grupos e coletivas... muitas fotos. Concluída a sessão fotográfica, já próximo
das 10:00, finalmente pegamos a estrada.
E então
estávamos rodando nos EUA... rumo à Route 66. Uma das mais lendárias e famosas estradas dos EUA, a Route 66
foi construída nos anos 1920 e percorre 3.945 quilômetros. Começa em Chicago,
no Estado de Illinois, e vai até Los Angeles, na Califórnia. No final dos anos
1950 ficou ultrapassada, perdendo espaço para as autoestradas interestaduais,
mas mantida em parte com objetivos turísticos, passando a se chamar Historic Route 66 (https://www.historic66.com/). Rodamos, durante 5 dias, por 4
estados (Arizona, Califórnia, Nevada e Utah). Não
rodamos sempre pela Route 66; dela fizemos apenas alguns trechos. Nosso
primeiro destino era um trecho famoso, onde o Route 66 está pintado no chão, e no
qual todos os turistas tiram foto... com direito a fotos e mais fotos para no
futuro lembrarmos da realização de nosso sonho.
Durante
a manhã rodamos em direção à Route 66, com paradas para abastecer, hidratar e
fazer um lanche... nos cinco dias de estrada regra geral fizemos apenas lanches
nos horários de almoço: sanduíches, hambúrgueres e cachorros quentes foram
nossa “saudável” alimentação; em algumas paradas também picolés para refrescar,
considerando o calor que faz nesse período do ano no deserto (regra geral entre
37 e 42 graus centígrados)... e muita água. Mas os nossos objetivos mais desejados
desse primeiro dia de estrada foram alcançados apenas a tarde.
Chegado
ao ponto da estrada onde tiraríamos as fotos, em torno das 15:00, estacionamos as motocicletas a
beira da estrada, em um posto abandonado. E uma a uma as motocicletas foram sendo
estacionadas atrás da pintura Route 66 existente no asfalto. E foram fotos e
mais fotos: individuais, casais, famílias, grupos e todos junto. Também fotos
com bandeiras de moto clubes e HOGs e uma foto especial, GreNal (eu e o Reck).
Enquanto o Guilherme tirava nossas fotos o Ponsoni brincava de dar cavalinhos
de pau com o Mustang.
Concluída a sessão de fotografias na estrada, veio a parada no Bagdad
Cafe (http://viajandonarota66.blogspot.com/2016/01/bagdad-cafe-um-pouco-da-historia.html),
em
Newberry Springs, próximo das 16:00... um bar
no meio do nada, decorado com bandeiras, adesivos e outros objetos deixados
pelos visitantes, frequentado por viajantes de várias partes do mundo, em especial
motociclistas. Em resumo: um local especial que adotou como nome o título de um
filme dos anos 1980 que por lá foi rodado. Circulamos dentro do local, que no
dia de nossa visita estava lotado de turistas, observando detalhes e tirando
fotografias. Também aproveitamos para comprar lembranças da Route 66. Infelizmente
não era um bom dia para ficar muito tempo dentro das instalações devido ao
calor e ao congestionamento de gente. A Sandra tirou uma foto com a proprietária,
que está lá desde os anos 1990.
Depois
da parada no Bagdad Cafe retornamos à estrada. Tínhamos ainda muito chão pela
frente; esse seria o dia com maior quilometragem a ser rodada. No final da tarde, em torno de 18:30, abastecemos as motocicletas para
deixa-las prontas para a jornada do dia seguinte. Chegamos no hotel
Springhill
Suites by Marriott Kingman Route 66
(https://www.marriott.com/hotels/travel/igmsh-springhill-suites-kingman-route-66/?scid=bb1a189a-fec3-4d19-a255-54ba596febe2)
já ao anoitecer. Na chegada ao estacionamento do
hotel tivemos a recepção que se repetiria em todos os demais dias da viagem:
caixas de cerveja gelada e Jack Daniels, tudo por conta da HT. O que não se
repetiu nos dias seguintes foi o Jack Daniels
Fire, que só foi oferecido nesse dia... kkkk... nos demais tivemos de nos
contentar com o tradicional ou com o Honey.
Degustados o Whisky e as geladas pegamos os envelopes com nossas chaves dos apartamentos
e entramos todos no hotel. Como chegamos mais tarde do que o previsto não daria
tempo de jantarmos no restaurante conforme programado (nos EUA eles jantam cedo...
e os restaurantes, em especial em cidades do interior, fecham igualmente cedo).
Em contrapartida a HT nos ofereceu um rodízio de pizzas em um espaço na entrada
do hotel. O Ponsoni saiu com a SUV e trouxe várias caixas de pizzas, dos mais
variados sabores; e também havia cervejas, refrigerantes, água... e Jack
Daniels. Considerando o cansaço do primeiro dia de estrada, foi uma excelente alternativa.
Além disso, teve a vantagem de nos manter todos muito próximos, permitindo uma
maior integração... afinal estávamos ali pessoas vindas de pelo menos seis
diferentes estados. Comemos, conversamos muito, e depois fomos dormir porque no
dia seguinte, às 8:00 horas, voltaríamos para a estrada. E assim encerrou nosso
primeiro dia de estrada nos EUA com as Harley-Davidsons.
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